Reginaldo Faria relembrou a cena final de Vale Tudo (1988), em que seu personagem, Marco Aurélio, foge do país em um jatinho particular e dá uma “banana” para o Brasil. O gesto virou um marco na televisão e é lembrado até hoje como símbolo de protesto e revolta popular.
“A banana me persegue até hoje!”, disse Reginaldo Faria, em entrevista ao Expedição Rio, da Globo. Na conversa, o veterano refletiu sobre o impacto da cena. “Eu comecei a entender que essas pessoas estavam aplaudindo aquele camarada que deu uma banana por um processo político totalmente corrupto”, afirmou o ator, que considera a cena um símbolo espontâneo da indignação nacional.
Segundo o artista, a popularidade de Marco Aurélio foi surpreendente. “Naquela época, não tinha selfie, mas tinha o autógrafo. E as pessoas me paravam nas ruas, aplaudiam, pediam assinatura”, lembrou o artista. “Eu não sei quantas bananas eu já dei nessas entrevistas. Talvez um cacho ou talvez uma bananeira, não sei, e não fica madura, né? Não fica”, disse.
Com 60 anos de carreira, Reginaldo Faria revelou que sua novela mais marcante é Água Viva (1980). “A minha primeira impressão dessa novela foi que a gente ia ter uma felicidade infinita, porque a gente saía tipo 6h dali da Urca e ia para alto-mar, viajava 3 horas até chegar ao local da pesca”, contou.
Ele também se divertiu ao lembrar dos desafios nas gravações em alto-mar. “Esses momentos para mim foram muito mágicos, sublimes. Ao mesmo tempo, vem uma outra coisa que também me deixava muito temeroso, porque a gente passava muito mal naquele iate!”, brincou.


